O Euro 6, sistema para a redução na emissão de gases poluentes por veículos pesados, chega ao Brasil em janeiro de 2023. O impacto imediato é o aumento no preço dos caminhões, mas o principal objetivo é a queda de poluentes na atmosfera a longo prazo.
Neste texto, vamos explicar o que é o Euro 6, como a indústria nacional está se adaptando e quais serão os reflexos das mudanças para o mercado.
O que é Euro 6?
O sistema Euro – modificado por números à medida em que novas etapas são implantadas – é um projeto adotado na Europa para a redução de poluentes dos veículos pesados.
No Brasil, o projeto ganhou o nome de Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) e é regulamentado pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
O projeto usa as mesmas bases do Euro, que atualmente está em seu sexto estágio de implantação na Europa. O equivalente do Euro 6 no Brasil é o Proconve P8, que entra em vigor em janeiro de 2023.
O que isso significa?
A cada mudança de norma existe uma redução dos níveis de poluentes. Dessa forma, o Euro 6 (ou Proconve P8) tem como principal meta reduzir ainda mais esses índices quando comparado ao sistema Euro 5 (Proconve P7).
Para atender aos padrões dessa fase, os motores automotivos passaram por modificações, e os veículos foram equipados com sistemas de pós-tratamento dos gases de escapamento.
Uma das tecnologias utilizadas é conhecida como Redução Catalítica Seletiva (SCR8, na sigla em inglês) – que envolve o uso do Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo, o Arla 32 – e a outra, Recirculação dos Gases de Escape (EGR9, na sigla em inglês).
E o que muda na prática?
O fabricante e/ou importador deverá comprovar o atendimento aos limites máximos de emissão de poluentes pelos intervalos de rodagem e de tempo dentro das regras e limites de emissão estabelecidas pelo Proconve P8 (sistema Euro 6).
Além disso, o Proconve P8 exige a medição de emissão de poluentes em tráfego real no ato da homologação e deverá ser realizada em pelo menos um veículo equipado com motor de configuração mestre de cada família de motor, definido pelo Ibama ou norma técnica brasileira por ele referenciada.
Na norma anterior a medição era feita com motores na bancada. Serão obrigatórios os registros e declaração dos valores de CO2, em g/kWh, e do consumo de combustível, em g/kWh, pelo método balanço de carbono.
Preço mais salgado
É claro que essas mudanças geram um impacto financeiro. De acordo com as fabricantes, com o Euro 6, em vigor a partir de janeiro de 2023, os caminhões vão ficar, em média, 25% mais caros.
Vale ressaltar que a nova regra de emissões de poluentes vale para caminhões e ônibus com peso bruto total (PBT) a partir de 3,5 toneladas. Para veículos comerciais com PBT abaixo dessa linha, a regra está valendo desde janeiro de 2022.
Mesmo assim, pode ser uma boa investir na renovação da frota em busca de contratos mais rentáveis. O uso de veículos dentro do Euro 6 pode ajudar na conquista de clientes que levam políticas de ESG a sério ou até mesmo para captar investimentos de grupos estrangeiros, interessados no vínculo com empresas ambientalmente responsáveis.
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