Quem já negociou algum veículo certamente já ouviu falar nela: a famosa Tabela Fipe. Mas, você sabe como ela é feita e para que foi criada? Neste artigo vamos explicar isso e buscar entender por que ela se tornou referência para o mercado.
A Tabela Fipe foi criada pela instituição que lhe dá o nome: a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), órgão criado em 1973 como apoio às atividades da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP).
Como é feita
A Fipe explica muito bem o que é a tabela: ela expressa os preços médios de veículos anunciados pelos vendedores no mercado nacional – e serve apenas como parâmetro para negociações ou avaliações. “Os preços efetivamente praticados variam em função da região, conservação, cor, acessórios ou qualquer outro fator que possa influenciar as condições de oferta e procura por um veículo específico”, explica o site da Fundação.
Assim, os pesquisadores coletam o preço de carros, motos, caminhões e ônibus usados, seminovos e novos em todo País, descartam os valores muito altos, muito baixos ou com alguma discrepância e estabelecem uma média. É esse valor que aparece na tabela.
O levantamento é realizado todos os meses.
Para que serve
Ninguém é obrigado a seguir a Tabela Fipe, mas, não dá para negar que ela é a principal referência para se estabelecer o valor dos automóveis no Brasil. No entanto, é comum encontrarmos na prática preços acima ou abaixo deste referencial – uma vez que pode haver intermediários e, por consequência, comissões na negociação.
Atualmente, por exemplo, os carros estão supervalorizados. Isto se deve a uma série de fatores oriundos da pandemia, em especial a falta de matéria-prima, que diminuiu a capacidade de produção das montadoras e reduziu a oferta.
Veículos raros ou com quilometragem extremamente baixa também podem estar acima da tabela. Quanto vale, por exemplo, um carro de colecionador? Para estes casos, a Fipe deixa de ser referência.
Impostos e seguros
Além disso, a tabela auxilia na definição do valor do IPVA, bem como no preço da apólice e da indenização de seguros. Como a Fipe é atualizada todos os meses, os ressarcimentos em caso de acidente também o são.
Portanto, caso haja perda total do veículo, por exemplo, o valor a ser recebido não é necessariamente o que foi pago pelo automóvel – e sim o determinado pela Tabela Fipe no momento do pedido de ressarcimento.
Dessa maneira, fique atento aos contratos, uma vez que o valor pago pelas seguradoras pode ser de 110% a 80% do preço do veículo na tabela.
Aliás, aproveite e veja o valor do seu carro no site da Tabela Fipe.
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